sexta-feira, 10 de julho de 2009

Solidão


Sentado sobre um tumulo
Deixo a vida passar
E a brisa sempre me leva ao mar
Os corvos me rogam pragas
E vós ainda vos alimentais da dor de um passado
Vós renegais o dia do nascimento
Escondeste da luz
E se trancaste em um vale escuro
Sobre um tumulo
Sobre asas baixas de um anjo sem rumo
Seus olhos lacrimejam um futuro embaçado
Os vultos do seu ser caem na terra perdida
E a mão de deus lhe pesa
Alimentaste do sangue dos inocentes
Para que a solidão lhe siga eternamente
Para que seu ser se apodreça nas graças
Do mal, nas graças de corpos de viúvas solitárias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário